A palavra azeite vem do árabe az-zait (“azeite, óleo,
essência”). A par da videira, a oliveira foi uma das
primeiras árvores a ser cultivada, há mais de 5.000 anos.
Os fenícios, sírios e arménios foram os primeiros povos
a consumir azeite, cabendo aos gregos e romanos trazê-lo
para a Europa mediterrânea.
Desde sempre, a oliveira tem estado associada a práticas
religiosas, a mitos e tradições, com manifestações
artísticas e culturais, sendo considerada um símbolo
de sabedoria, paz (Neil Armstrong, na primeira expedição lunar, deixou um
ramo de oliveira feito em ouro. O gesto representou um grande desejo de paz
para toda a humanidade), abundância e glória. Sua importância, ao longo dos
tempos, resultou das múltiplas utilizações que lhe foram dadas na alimenta-
ção, medicina, higiene e beleza. Era utilizado para o alívio da dor e cura de
feridas, nas guerras. No tempo dos Descobrimentos, o azeite era um dos
“medicamentos” obrigatórios a bordo das naus. Foi ainda combustível para
iluminação, lubrificante para as ferramentas e alfaias agrícolas, impermeabilizante
para fibras têxteis e elemento essencial em ritos religiosos. Mas, entre
todas as utilidades do azeite, a mais relevante é, sem dúvida, a que se refere
à alimentação. O seu comércio por via marítima teve um papel predominante
no desenvolvimento da economia mediterrânea. Em conjunto com o trigo e o
vinho, o azeite integrava a tríade agrícola.
A oliveira e o azeite continuam a ocupar uma posição privilegiada na cultura
do povo português. Atualmente, a região mediterrânea é
responsável por 95% da produção mundial. Para
produzir 250 mililitros de azeite são necessárias
entre 1300 a 2000 azeitonas.
Como produto natural que é, o azeite,
ao contrário do vinho, não melhora
com o tempo, pelo que é aconselhável
consumi-lo o mais cedo
possível.