FADO

A palavra fado vem do latim fatum, ou seja, “destino”. Em duzentos anos de história, muitas teorias surgiram sobre suas origens, mas até hoje não há consenso. O fado só passou a ser conhecido depois de 1840, nas ruas de Lisboa. A UNESCO declarou, em 2010, o Fado como Património Imaterial da Humanidade. O Fado deixou de ser então “apenas” a canção de Portugal, para passar a ser também um tesouro do mundo. Fala de Portugal, da sua cultura, dos seus poetas, mas também da solidão, da dor, do ciúme, do amor e da saudade. Este último é o principal sentimento que inspira o fado, estando profundamente enraizado naqueles que deixam a pátria. Saudade é a palavra mais portuguesa de todas, não existindo uma correspondência exata em qualquer língua para a qual se tente traduzir. O que nunca falta ao Fado é, sem dúvida, a emoção, sendo cantado sempre acompanhado por guitarra clássica (nos meios fadistas denominada viola) e guitarra portuguesa. Existem dois tipos de Fado: um originário dos bairros lisboetas e o de Coimbra. O de Lisboa é mais familiar e cheio de sentimento, enquanto o de Coimbra tem um teor mais académico que reflete as tradições universitárias da cidade. É cantado por homens durante a noite e nas Serenatas, podendo muitas vezes ser ouvido nas ruas e praças da cidade. A intérprete mais famosa e ainda hoje considerada uma das principais divas do Fado, tanto em Portugal como no estrangeiro, foi Amália Rodrigues. Mais recentemente, o Fado foi popularizado por artistas como Mariza, uma fadista jovem e dinâmica que tem tocado o coração de milhares de pessoas em todo o mundo. Outros jovens intérpretes que pertencem à nova geração do Fado são, por exemplo, Camané, Cristina Branco, Ana Moura e Carminho.